Vigilância Sanitária preocupada com a proliferação de lagartas

A Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde de Capinzal está preocupada com a proliferação de lagartas no perímetro urbano e também na área rural. Em praticamente todas as localidades do Município constatou-se um aumento desordenado no número desses insetos.

 

De acordo com Gabriela Minks, responsável pelo Departamento, um desequilíbrio ecológico pode estar acarretando este fenômeno. O desmatamento para urbanização e agricultura, além do uso de agrotóxicos, têm feito com que esses animais se afastem do seu ambiente natural, sendo cada vez mais comuns em ambientes domésticos, devido ao fato de terem uma grande flexibilidade na dieta alimentar.

 

Amostras dos insetos foram coletadas e enviadas para análise no Centro de Informação Toxicológica(CIT) em Florianópolis. Resultados preliminar indicam que duas espécies estão presentes em quantidade excessiva no Município.

 

Uma das espécies encontradas em Capinzal é a Hylesia sp, da família das Saturniidae. Possui comprimento variado, podendo atingir no máximo 4 centímetros, cerdas por todo o corpo em forma de pinheirinho e coloração marrom-escuro, com uma listra escura no centro do dorso e uma listra mais clara de cada lado do organismo. Nos casos de acidentes com essas lagartas as manifestações são principalmente dermatológicas, com dor e queimação. Também pode ocorrer prurido, edema, eritema e lesões puntiformes.

 

A outra espécie é da família das Arctiidae. Essas lagartas têm o corpo cilíndrico e levemente achatado, dividido em cabeça, tórax e abdômen. O contato leva apenas a reações locais, pois este animal possui glândulas de toxinas junto à base dos espinhos, causando queimadura e dor se pressionada contra a pele. A reação surge num período que varia de 24 a 48 horas.

 

Para evitar acidentes basta tomar cuidado ao manusear as plantas, usando luvas quando for mexer no jardim. A atenção deve ser redobrada para evitar o contato com as crianças e os animais domésticos.